[PT] Estamos em perigo: os limites do modelo turístico de Donostia/San Sebastián

O turismo tem uma presença contínua e significativa na cidade basca de Donostia/San Sebastian, pelo menos desde que foi reconstruída após ter sido incendiada pelos exércitos inglês e português em 1813. Férias de verão de monarcas e ditadores espanhóis, influências francesas e europeias na “Belle Époque”, festivais de cinema e de música, feiras tauromáquicas e de tradição basca, eventos desportivos… Certos elementos ligados ao turismo marcaram a história e a identidade da nossa cidade desde então. Nós, residentes em Donostia/San Sebastian, conhecemos e convivemos com o turismo, melhor ou pior, há mais de 200 anos. Mas o desenfreado processo de turistificação a que fomos conduzidos na última década alterou totalmente os parâmetros do fenómeno na cidade: estamos em perigo.

O verão é o expoente máximo do turismo e os problemas causados ​​pela sobre-exploração da cidade enquanto destino turístico, como o ruído, o trânsito ou a massificação das ruas, tornam-se especialmente visíveis. Contudo, estamos mais preocupados com os efeitos estruturais do modelo de cidade centrado no turismo; por exemplo, a especulação imobiliária, o trabalho precário, a destruição ambiental ou o enfraquecimento dos laços comunitários. Em suma, as consequências da venda da cidade às forças do mercado.

Ano após ano, aumenta o número de turistas que chegam a Donostia/San Sebastian. O número de pernoitas aumentou 70% em 10 anos; de 1.087.468 em 2014 para 1.852.612 em 2023. As camas hoteleiras oferecidas passaram de 162.899 em 2014 para 266.692 em 2023; um aumento de 64%. Tem funcionado uma sólida aliança entre a indústria diretamente ligada ao turismo, os investidores com interesses imobiliários, os líderes institucionais e os meios de comunicação social que legitimam este modelo, que têm atuado a nível local, estadual e internacional, promovendo a transformação acelerada da cidade para favorecer o crescimento da atividade turística. Traçaram o objetivo (e conseguiram) de mudar o perfil do turista que chega a Donostia/San Sebastian para um visitante com grande poder de compra vindo de territórios mais distantes daquele a que estava habituado (Estados Unidos, Austrália, Japão) e um consumidor de produtos e serviços de luxo. Esta mudança de perfil trouxe consigo a elitização da cidade, disfarçada de “turismo de qualidade”.

A turistificação tem um evidente impacto negativo na qualidade de vida dos habitantes da cidade, além de criar dependência de uma atividade tão vulnerável à crise climática e energética. A nível ambiental, o turismo gera híper mobilidade e abuso da aviação poluente a nível global que se reflete a nível local, com os 5 aeroportos que ficam a menos de 100 quilómetros de Donostia/San Sebastian, e especialmente com o aumento das chegadas de jatos privados a aeroporto de Donostia/San Sebastian. Além disso, 48% dos turistas chegam à cidade de carro e saturam o trânsito do centro da cidade para chegar aos milhares de lugares de estacionamento subterrâneo. Por outro lado, foram planeadas novas atrações turísticas em espaços naturais até agora intocados pela massificação, como a instalação artística construída no farol da ilha de Santa Clara, um enclave de grande valor ecológico.

Contudo, atualmente o maior problema em Donostia/San Sebastian é a emergência habitacional, que foi muito agravada pelo processo de turistificação. O preço de compra e arrendamento de habitação aumentou 43% entre 2014 e 2023 (de 3.766€ para 5.377€ por metro quadrado para o preço de compra; e de 11,90€ para 17€ por mês por metro quadrado para o preço de arrendamento). Segundo dados oficiais, a cidade conta atualmente com 1.305 habitações para uso turístico; e várias investigações elevam o número para mais de 1.500, tanto legais como ilegais. O preço médio por noite destes apartamentos turísticos é superior ao de cidades como Barcelona ou New York. As políticas de regularização e blindagem da actividade dos apartamentos turísticos, a enorme emissão de licenças para novos hotéis, a elitização da cidade e todas as políticas públicas levadas a cabo para favorecer a turistificação de Donostia/San Sebastian contrastam com a falta de um compromisso firme para garantir o acesso à alojamento. O aumento exorbitante dos preços da habitação deslocou e expulsou residentes, transformando o que deveria ser um direito num luxo inacessível. Isto implica o desenraizamento de toda uma geração e a negação das condições básicas para empreender um projeto de vida digno na cidade; para além do enfraquecimento das redes comunitárias e da perda de identidade local.

Em inúmeras cidades ao nosso redor, na Europa e em todo o mundo, denuncia-se que a exploração turística tem limites; Os residentes reivindicam as cidades como locais de vida quotidiana e não como meros produtos de especulação. Da nossa pequena cidade nas margens do Mar Cantábrico olhamos para estes locais tentando evitar as dinâmicas destrutivas que os feriram, para evitar que os danos que a turistificação está a criar na nossa cidade sejam irreversíveis. E olhamos também para as populações que se ativaram para defender as suas vidas, as suas cidades e os seus direitos a partir da solidariedade e da camaradagem.

Recusamo-nos a aceitar este modelo de cidade insustentável que perpetua a desigualdade e exigimos enveredar pelo caminho do decrescimento turístico. A solução para a deriva turística é diversificar a economia da cidade, travando a monocultura turística e facilitando empregos de qualidade noutros sectores que ofereçam estabilidade, dignidade e as condições mínimas para um projeto de vida na cidade. Para enfrentar este mal que se abateu sobre tantos territórios, devemos empreender uma transição económica e social planeada que redefina o nosso modelo de cidade e o torne mais habitável, sustentável e justo.

Publicado no jornal Público de Portugal de 26/08/2024

https://www.publico.pt/2024/08/26/opiniao/opiniao/perigo-limites-modelo-turistico-donostiasan-sebastian-2101821

Influencers, promoción del turismo y visión crítica

En las últimas semanas hemos creado y difundido varios vídeos al estilo de los influencers de las redes sociales: un vídeo que romantizaba las irregulares y precarias condiciones laborales en los alojamientos, uno que explicaba la receta de la tarta de queso que se ha convertido en fetiche de Donostia y uno que enumeraba los lugares bellos de la ciudad; así hemos puesto en evidencia y hemos denunciado los daños de la turistificación.

Las redes sociales han adquirido en los últimos años una gran importancia como herramienta de comunicación de masas. Las industrias turísticas las aprovechan en beneficio de su negocio. Desde la administración pública, las instituciones que impulsan la turistificación de nuestra ciudad destinan dinero público para alimentar negocios privados. Pagan viajes y todos los gastos a decenas de periodistas de otros países para conocer de primera mano nuestro entorno, nuestros puntos de interés, restaurantes, hoteles… Lo mismo ocurre ahora para comprar recomendaciones de influencers.

Como ejemplo podemos citar el congreso organizado en mayo en el palacio Kursaal con más de 300 influencers de viajes. Y los influencers que este verano han asumido con el lema Muy Gipuzkoa San Sebastián la misión de atraer turismo, a sueldo de un ente público.

Así las cosas, desde la plataforma Bizilagunekin hacemos un llamamiento:

  • A ser críticos ante los contenidos de las redes sociales. Detrás de los contenidos ligeros que se nos presentan como gustos y recomendaciones personales se esconden intereses económicos y prácticas mercenarias.
  • A eliminar el presupuesto destinado desde las instituciones públicas a la promoción turística, incluyendo el destinado a la compra de la recomendación de influencers. Destinar cuanto antes el presupuesto promocional a paliar y reparar los daños de la turistificación.
  • A utilizar los canales y herramientas de las redes sociales para reivindicar el rumbo del decrecimiento turístico para Donostia. Contribuyamos compartiendo contenidos entre amigos y conocidos, difundiendo mensajes y debatiendo para ir hacia un modelo de ciudad más habitable y justa.

Los límites del turismo en Donostia: estamos en peligro

Ha llegado el verano, el máximo exponente de la turistificación y, de nuevo, los problemas que acarrea la sobreexplotación de la ciudad como destino turístico, como el ruido o la masificación de las calles, se hacen especialmente visibles. Sin embargo, nos resultan más preocupantes las afecciones estructurales del modelo de ciudad centrado en el turismo; por ejemplo, la especulación inmobiliaria, el trabajo precario, la destrucción medioambiental o el debilitamiento de los lazos comunitarios.  En definitiva, las consecuencias de vender la ciudad a las fuerzas del mercado. Bajo el actual modelo, podemos afirmar que las vidas de las y los vecinos de Donostia están en peligro.

En numerosas ciudades del mundo se están llevando a cabo movilizaciones denunciando que la explotación turística tiene límites, reivindicando que las ciudades son lugares para vivir y no meros productos de especulación. Podríamos definir el límite como el punto de no retorno al que puede llegar algo. El cambio climático nos enseñó que ignorar los límites naturales puede tener consecuencias devastadoras. De la misma manera, el turismo descontrolado puede erosionar la ciudad y todo lo que habita en ella, provocando daños irreversibles. Es lo que está ocurriendo en Donostia, con el impulso de las instituciones públicas, los medios y los lobbies que trabajan a favor de la minoría de privilegiados que se enriquece con la situación.

Frente a ello, desde BiziLagunEkin pensamos que es hora de abordar los problemas de la turistificación de frente, antes de que sea demasiado tarde. Este verano trabajaremos mediante el debate, la reflexión y la acción sobre tres ejes: las consecuencias de la turistificación en la juventud, el derecho a la vivienda y las condiciones laborales. Entendemos la turistificación como un fenómeno que atraviesa nuestras vidas y nuestra comunidad a todos los niveles y trabajamos para hacerle frente en todos los ámbitos.

La emergencia habitacional en Donostia está directamente relacionada con la turistificación descontrolada. La proliferación de pisos turísticos nos ha traído a un incremento exorbitante del precio de los alquileres, desplazando y expulsando a residentes y convirtiendo lo que debería ser un derecho básico en un lujo inaccesible. Necesitamos medidas que nos lleven a un escenario sin alquileres turísticos y faciliten el acceso a la vivienda. Es imperativo que las instituciones públicas implementen medidas para frenar la especulación inmobiliaria y garanticen el derecho a la vivienda.

Muchos de los empleos asociados a la actividad turística son temporales, mal remunerados, con horarios irregulares, excesiva carga de trabajo y carecen de seguridad laboral. Este modelo es insostenible y perpetúa la desigualdad. Debemos abogar por la diversificación de la economía de la ciudad, frenando el monocultivo turístico y facilitando empleos de calidad otros sectores que ofrezcan estabilidad, dignidad y las condiciones mínimas para un proyecto de vida en la ciudad. Esto mejorará la vida de los trabajadores y contribuirá a una economía más resiliente y menos dependiente de esta industria tan vulnerable a la crisis climática y energética.

La precariedad laboral afecta directamente a los jóvenes, que están siendo especialmente perjudicados por la turistificación. Son expulsados de Donostia a causa del alto coste de la vivienda y la falta de oportunidades laborales dignas, destruyendo así las comunidades de nuestros barrios e hipotecando el futuro de la ciudad.

La solución a estos problemas solo puede llegar por el camino del decrecimiento turístico. Debemos emprender una transición económica y social planificada que redefina nuestro modelo de ciudad y la haga más habitable, sostenible y justa. No podemos seguir apostando por el turismo como motor económico principal. Es urgente diversificar la economía, proteger el medio ambiente, garantizar los derechos de todos y todas las personas, además de fortalecer el tejido comunitario. Por ello, animamos a las y los donostiarras a organizarse en los grupos, asociaciones y plataformas que barrio a barrio y lucha a lucha estamos haciendo frente a la turistificación sin límite. Y hacemos un llamamiento a participar en las convocatorias que haremos durante las próximas semanas para visibilizar que estamos en peligro con la turistificación y para hacer oír el sentir mayoritario de las y los vecinos de Donostia.

https://www.argia.eus/albistea/turismoaren-mugak-donostian-arriskuan-gaude

https://irutxulo.hitza.eus/generoak/iritziak/turismoaren-mugak-donostian-arriskuan-gaude/

https://www.eldiario.es/euskadi/blogs/viento-del-norte/limites-turismo-donostia-peligro_132_11527523.html

https://www.naiz.eus/eu/hemeroteca/gara/editions/2024-07-25/hemeroteca_articles/los-limites-del-turismo-en-donostia-estamos-en-peligro

https://rebelion.org/los-limites-del-turismo-en-donostia-estamos-en-peligro/

Antondegi Berdea se congratula por la cancelación del proyecto de ola artificial en Antondegi y la protección de la loma

El anuncio del proyecto por parte del Ayuntamiento de Donostia de construir una piscina de olas artificiales en la loma de Antondegi movilizó a numerosos grupos (ecologistas, conservacionistas, asociaciones de vecinos, colectivos de surfistas, baserritarras, etc.) que consideraron que el proyecto era negativo en muchos aspectos. A su juicio, era totalmente irresponsable y fuera de toda lógica de sostenibilidad construir una infraestructura de olas artificiales de 6 hectáreas (unos 6 campos de fútbol), destrozando Antondegi, una loma de grandes valores ecológicos, teniendo olas naturales a tan solo 4 kilómetros. Estos grupos crearon el colectivo Antondegi Berdea, con la finalidad de coordinar y articular diferentes iniciativas (campañas de información, divulgación sobre la biodiversidad de Antondegi, recogida de firmas, elaboración de informes de impacto ambiental, trabajo con la administración, movilización de surfistas, protesta en la calle, etc.) para hacer ver a la ciudadanía que el proyecto propuesto por el Ayuntamiento no era positivo para la ciudad. Por eso, desde el colectivo Antondegi Berdea se valora muy positivamente la decisión anunciada recientemente por el Ayuntamiento de Donostia de cancelar la construcción de la piscina de olas en Antondegi y de declarar la loma como zona no urbanizable debido a sus valores naturales y su función como corredor ecológico. Y tras haber alcanzado los objetivos fundacionales, el colectivo Antondegi Berdea anuncia que cierran su ciclo de vida, haciendo un balance muy positivo de su recorrido, y subraya el trabajo altruista de la multitud de personas que han colaborado con este colectivo.

El pasado 17 de mayo se dio a conocer, mediante una filtración a un periódico local, que el gobierno municipal de Donostia, en el marco del nuevo PGOU, apuesta firmemente por clasificar como rural la loma de Antondegi. Esta decisión implica dar marcha atrás en el proyecto de construcción de la piscina de olas artificiales anunciado a finales de 2020.

Recordemos que la ola artificial era el único proyecto activo por el Ayuntamiento para el ámbito Antondegi. Existió un proyecto anterior para construir tres mil viviendas, pero fue bloqueado pocos años después a través del Plan Territorial Parcial de Donostialdea (PTP) de 2016.

El proyecto de la ola artificial consistía en relocalizar la instalación que Wavegarden tiene en Aizarnazabal a la loma de Antondegi, una de las pocas lomas no urbanizadas del municipio y de gran valor ecológico, como se ha acreditado. Según la información que avanzó el gobierno local, la construcción de la ola en Antondegi habría supuesto la urbanización de 6 hectáreas (más de 6 campos de fútbol) en la parte alta de la loma, además de la construcción de nuevos accesos rodados.

El anuncio del proyecto por parte del Ayuntamiento movilizó a numerosos grupos (ecologistas, conservacionistas, asociaciones de vecinos, colectivos de surfistas, baserritarras, etc.) que consideraron que el proyecto era negativo en muchos aspectos. Así nació el colectivo Antondegi Berdea, con la finalidad de coordinar y articular diferentes iniciativas para hacer ver a la ciudadanía que el proyecto propuesto por el Ayuntamiento no era positivo para la ciudad.

Algunos de los aspectos negativos asociados al proyecto de ola artificial en Antondegi que señalábamos desde Antondegi Berdea eran los siguientes:

  • Degradación de la red de corredores ecológicos de Donostia.
  • Degradación de una de las escasas zonas de Donostia que mantiene un ecosistema de campiña atlántica en buen estado.
  • Afección negativa a numerosas especies de animales, 27 de ellas incluidas en el Catálogo Vasco de Especies Amenazadas.
  • Impulso de un desarrollo urbanístico no sostenible e incompatible con la preservación del medio natural.
  • Destrucción de suelo agrícola destinado a producir alimentos de cercanía y alteración de un espacio rural conservado en buen estado.
  • No responder a una demanda de las/los surfistas, aumentar la masificación de nuestras playas y contribuir al proceso de turistificación de la ciudad.

En resumen, considerábamos totalmente irresponsable y fuera de toda lógica de sostenibilidad construir una infraestructura de olas artificiales de 6 hectáreas (unos 6 campos de fútbol), destrozando Antondegi, una loma de grandes valores ecológicos, teniendo olas naturales a tan solo 4 kilómetros. Suponía un alto impacto ecológico, no respondía a intereses sociales, y en absoluto era un sí al avance, al progreso y al futuro de Donostia.

Según declaraciones de Xabier Saralegi, socio de Itsas Enara Ornitologia Elkartea y miembro del colectivo Antondegi Berdea: “valoramos muy positivamente la decisión anunciada por el Ayuntamiento de cancelar la construcción de la piscina de olas en Antondegi y de declarar la loma como zona no urbanizable debido a sus valores naturales y su función como corredor ecológico”.

Nos congratulamos del cambio de parecer del Ayuntamiento, pero a la vez nos vemos en la obligación de recordar que el Ayuntamiento declinó reiteradamente dialogar con nuestro colectivo, y mostró una actitud que consideramos poco rigurosa en lo referente a los aspectos ambientales. El Ayuntamiento afirmaba, entre otras cosas, que el proyecto tenía todas las garantías ambientales, que gozaba del apoyo de todos los agentes del surf, y además, en ocasiones utilizaba argumentos engañosos como por ejemplo que era mejor construir la ola artificial que construir casas, cuando el PTP ya había bloqueado 2016 el proyecto de construcción de viviendas. Ante estos precedentes, nos preocupa que se intente ubicar la piscina en alguna otra zona natural y sin abordar adecuadamente aspectos relacionados con su funcionamiento, como el consumo de agua y energía, entre otros.

Rebatir los argumentos, que considerábamos falaces, del Ayuntamiento no ha sido
una tarea fácil. Nuestro colectivo ha dedicado un gran esfuerzo a campañas de información, divulgación sobre la biodiversidad de Antondegi, recogida de firmas, elaboración de informes de impacto ambiental, trabajo con la administración, movilización de surfistas, protesta en la calle, etc. Son trabajos y actividades donde han participado y colaborado de forma altruista un gran número de ciudadanos y colectivos sociales, demostrando la buena salud del espíritu democrático, crítico y constructivo de la sociedad donostiarra.

Finalmente, los postulados que defendimos han prevalecido y la piscina de olas artificiales no se construirá en la loma de Antondegi, ámbito que además se protegerá por sus valores ecológicos. Tras haber alcanzado los objetivos fundacionales de este colectivo, anunciamos que cerramos nuestro ciclo de vida, haciendo un balance muy positivo de nuestro recorrido.

Para concluir, recogemos las declaraciones de Jabi Iraizoz, surfista donostiarra y miembro de Antondegi Berdea: “quisiéramos agradecer el trabajo altruista de la multitud de personas que, de alguna manera, han formado parte de este colectivo: al colectivo de surfistas, a los grupos ecologistas, a los vecinos y vecinas, a baserritarras, a los grupos conservacionistas, a los investigadores e investigadoras del ámbito académico, y a todas las personas que han participado en nuestras actividades y nos han apoyado”.

Antondegi Berdea:

Surfrider Foundation Europe – Eguzki – Fridays for future – Haritzalde – Parkea Bizirik – Itsas Enara Ornitologia Elkartea – BiziLagunEkin

DONOSTIA DEFENDATUZ HERRITARRON PLAZA

Exposición de los movimientos sociales, punto informativo, performance y creación colaborativa del mapa del modelo de ciudad durante todo el día.

27/04/2024. Boulevard. Donostia.

PROGRAMA:

12:00 Mesa redonda PARQUES URBANOS (Haritzalde)

12:45 Mesa redonda TURISTIFICACIÓN (Bizilagunekin – Parte Zaharrean Bizi – Birunda)

13:30 Bertsolariak BEÑAT GAZTELUMENDI, UNAI GAZTELUMENDI ETA IZARNE ZELAIA

14:00 Comida autogestionada ¡Trae picoteo!

16:15 Mesa redonda MOVILIDAD (Kalapie – Satorralaia – Egia Bizirik)

17:00 Mesa redonda INICIATIVAS DE ACOGIDA SOLIDARIA (Kaleko Afari Solidarioak – Hiritarron Harrera Sarea – Guztiontzat Egia)

17:30 Concierto GARTXOT

18:00 Mesa redonda PATRIMONIO (Miren Apalategi – Josean Arrieta)

18:45 Mesa redonda VIVIENDA (Stop Desahucios – Pasaiako Portuko Etxea/ Etxebizitza Sindikatua – Altza 21 Herri Ekimena – Saretxe – Javier Nadal)

20:00 Kalejira reivindicativa ¡POR UNA CIUDAD HABITABLE!

MANIFIESTO:

La coordinadora Donostia Defendatuz, formada por diversas asociaciones vecinales y movimientos sociales de la ciudad, manifiesta que el actual modelo de ciudad de Donostia se orienta hacia el beneficio de una minoría; las condiciones de vida de la mayoría quedan relegadas en beneficio de los sectores más privilegiados. Las decisiones tomadas por el Gobierno Municipal a favor de los negocios de especulación, turismo y lujo se toman una tras otra, mientras la ciudad entra en un proceso salvaje de turistificación, aumenta la emergencia habitacional, expulsa a las y los vecinos de sus barrios, destruye patrimonio arquitectónico y natural, reduce las zonas verdes, pierde pequeño comercio y afecta al tejido sociocultural de la ciudad. Las consecuencias de estas políticas son cada vez más graves y las sufre la mayoría de las y los donostiarras día a día. Nuestra ciudad se está haciendo cada vez más inhabitable.

En este sentido, denunciamos que se están comprometiendo e imponiendo diversos proyectos y operaciones urbanísticas que no tienen nada que ver con las necesidades de las y los donostiarras, ignorando el interés general y la voz de la ciudadanía:

  • El inicio de la construcción del segundo edificio del Basque Culinary Center, con la destrucción del Parque de Manteo. Este acto de imposición autoritaria se añade a la cesión de un importante patrimonio de suelo municipal a una universidad privada.
  • El proyecto de centro comercial en el cerro de San Bartolomé, con aparcamiento subterráneo de 4 plantas.
  • La desprotección y derribo de edificios históricos emblemáticos y singulares como el Teatro Bellas Artes, la Estación del Norte, etc.
  • No dar pasos para la declaración de Donostia como zona tensionada en los términos previstos en la ley de vivienda. No tomar medidas para expulsar de la ciudad los fondos buitres.
  • Limitar la oferta de alquiler social en la promoción de nuevas construcciones a mínimos legales y dar prioridad a la vivienda especulativa.
  • El incumplimiento sistemático de la obligación de incorporar vivienda protegida en todas las promociones y la conversión en dinero de las cesiones de aprovechamiento o edificabilidad a las que el Ayuntamiento tiene derecho.
  • La promoción desmesurada de la apertura de hoteles y la complicidad municipal con las infracciones del Hotel Nobu, la falta de inspección de las irregularidades del hostel Basquepackers (Arriola), la perpetuación de las molestias del hostel Koisi (Heriz).
  • En el caso del chalet de Xabi Alonso en Igeldo, alinearse activamente con la parte infractora mediante trucos legales.
  • El incumplimiento de sentencias que obligan a la restauración de la zona rural de Belartza y la promoción del macro-parque logístico para multinacionales del comercio online acompañado de un nuevo hotel que supone la destrucción completa de la zona.
  • El sobredimensionamiento en la construcción de 250 viviendas en Añorga Txiki, sin tener en cuenta los servicios e infraestructuras necesarias para el barrio.
  • La insistencia en mantener como suelo urbanizable con destino a más de 3.000 viviendas las lomas y vaguadas naturales de Auditz-Akular, en Altza, actuando en contra de todos los criterios de desarrollo sostenible, y de un urbanismo equilibrado social y territorialmente.
  • La pretensión de recalificar a uso residencial para más de 400 viviendas los terrenos de la multinacional Otis en Herrera, atendiendo a puros intereses económicos de la empresa. Con ello culmina la desertización de puestos de trabajo en Altza y se elimina la última oportunidad de obtener un espacio libre para el barrio.
  • Regulación ineficaz de pisos de alquiler turístico y falta de inspección. Obcecarse en la norma que ha permitido superar la cantidad de pisos turísticos anterior a la nueva normativa y saturar aún más las zonas más saturadas.
  • La ocupación y privatización descabellada del espacio público por la hostelería.
  • El retraso injustificado del nuevo Plan General que debe reordenar el urbanismo de Donostia.
  • Impulsar el insensato proyecto de la pasante de metro, ocultando a su vez el impacto negativo del proyecto en la compañía municipal Dbus, el despilfarro económico, la inseguridad y los daños provocados por la obra tanto en el espacio público como a las y los vecinos durante su construcción.
  • Delimitación insuficiente de la Zona de Bajas emisiones a un escaso kilómetro cuadrado situado en la zona turística. Falta de medidas para poner límites a los aparcamientos subterráneos que condicionan totalmente el tráfico urbano.
  • La destrucción y artificialización del suelo natural, zonas verdes y arbolado tan escaso en la ciudad. Por ejemplo, la amenaza que supone el proyecto de surf-park en el entorno de Antondegi.
  • Opacidad y retraso inexplicable en la redacción del Plan Director del arbolado mientras las talas de ejemplares sanos continúan. La penúltima, en el Paseo de Errondo.
  • Mala gestión de los residuos, haciendo de la tasa de separación de residuos de Donostia la peor de todo Gipuzkoa, a lo que se añade la grave contaminación acústica provocada en zonas como la Parte Vieja.
  • La desatención de las demandas vecinales, en ocasiones tan simples como la urbanización del Parque de Luis Villasante en Lugaritz o la puesta en marcha de los dos ascensores públicos que unen la avenida de Zarautz con la Fundación Matia que han permanecido sin funcionamiento durante ocho meses.
  • La falta de recursos municipales necesarios para dar acogida a las personas migrantes y que viven en situación de calle, cerrando además el albergue La Sirena durante el invierno.
  • La conversión de Donostia en ciudad mordaza, vulnerando los derechos civiles y políticos de los sectores sociales que nos oponemos a este modelo.

Para Donostia Defendatuz, todas estas actuaciones son una muestra de la política permanente del Gobierno Municipal. Es decir, no se trata de problemas puntuales, sino que son consecuencia y ejemplos de un problema general y endémico que padecemos en la ciudad. El presupuesto público y las instituciones municipales se orientan sistemáticamente a favor de los intereses económicos particulares, lo cual demuestra que quieren vender Donostia de forma peligrosa e irreversible.

Apostamos por un modelo de ciudad que ponga en el centro las vidas de las vecinas y vecinos, y no aceptamos lo que se está haciendo con nuestra ciudad, porque nos jugamos mucho.

¡Donostia no se vende!

ORGANIZACIONES ADHERIDAS:

  1. Altza XXI herri ekirnena
  2. Amara Bai auzo elkartea
  3. Áncora
  4. Añorga Txikitarrak auzo elkartea
  5. AA.VV. Lugaritzeko auzokideak
  6. Ba Gera
  7. Belartza 2 Gelditu
  8. Bideak Bidebietako auzolagun elkartea
  9. Bizilagunekin plataforma
  10. CC.00. sindikatua
  11. CNT Gipuzkoa
  12. Dendartean
  13. Donostia Bizirik
  14. Egia Bizirik auzo elkartea
  15. Eguzki talde ekologista
  16. Ekologistak Martxan Gipuzkoa
  17. Erdian Bizi auzo elkartea
  18. Errausketaren Aurkako Mugimendua
  19. ESK sindikatua
  20. Gazte Ekoliderren Sarea (GEKOS)
  21. Greenpeace
  22. Haritzalde naturzaleen elkartea
  23. Heriz plataforma
  24. Herria kultur elkartea
  25. Herripe auzo elkartea
  26. (IZBE) Intxaurrondo Zaharreko Bizilagun Elkartea
  27. Kaleratzeak Stop Desahucios Donostialdea
  28. Kontenedora
  29. LAB sindikatua
  30. Martutene bizirik
  31. Mugarik Gabe
  32. Ondare SS
  33. Osteguna Elkartea
  34. Parkea Bizirik
  35. Parte Zaharrean Bizi auzo elkartea
  36. Saretxe
  37. Sarroeta Asociación de Vecinos
  38. Satorralaia
  39. SOS Manteo
  40. Steilas sindikatua
  41. Uliako Auzo Elkartea
  42. Uliako Lore Baratzak

¡No a la explotación turística de la isla Santa Clara! La isla para la naturaleza y sus nidos

La primavera llama a la puerta y las aves marinas de la isla Santa Klara se preparan para la nidificación. 7-10 días para la construcción del nido, 2-4 días para la puesta, 28-30 días de incubación en el suelo y 50 días de atención y cuidados a las crías. Sin embargo, con la llegada de la primavera, la maquinaria turística en Donostia también se pone a todo rendimiento. Una vez más, la isla de Santa Klara y Hondalea se podrán visitar en Semana Santa. Una vez más, los recursos naturales y culturales de la ciudad son puestos a disposición de los intereses privados del sector turístico.

Este año, el gobierno municipal, de la mano de la industria turística, ha vuelto a organizar visitas guiadas para acudir a la instalación artística Hondalea. Entre el 28 de marzo y el 7 de abril, han organizado 5 visitas diarias a razón de 20 personas por turno. Un total de 100 personas al día y 1.100 personas en total durante la Semana Santa y Semana de Pascua. Por otro lado, las embarcaciones mercantiles en torno a la isla tienen un aforo de hasta 150 personas, por lo que, sin necesidad de visitar Hondalea, hasta 750 personas podrán visitar diariamente la isla. La isla Santa Klara, tiene al menos 6 figuras de protección y una extensión escasa de 5,4 hectáreas siendo la casa de especies protegidas de flora y fauna. Así pues, esta actividad de la industria turística en plena primavera es un ataque directo a la conservación del patrimonio natural y colectivo de Donostia.

Históricamente, el espacio de la isla ha permanecido inaccesible al público durante todo el año, a excepción de la época estival. Esto, precisamente, ha sido lo que ha permitido la conservación de la riqueza de este enclave natural. En 2019 y 2020, previo a la apertura de la instalación artística Hondalea, los colectivos Eguzki, Parkea Bizirik, Haritzalde y Bizilagunekin se reunieron con el Ayuntamiento a fin de poner límite a la amenaza que abrir el atractivo turístico en la isla suponía para el patrimonio natural y cultural de la ciudad. En las reuniones se pusieron sobre la mesa limitaciones de horarios y calendario, límite de aforo, así como el límite a la ampliación de servicios e infraestructuras vinculadas a las visitas en la isla. Además, se pidió que los compromisos adquiridos quedaran recogidos en un plan de uso y gestión.

Desde el segundo año de actividad, los responsables municipales y los promotores de Hondalea faltaron a su palabra ampliando el periodo de visitas regulares a octubre y permitiendo visitas privadas en otoño.El año pasado continuaron por el mismo camino, con la apertura de Hondalea en Semana Santa. Este año se da un paso más, eliminando la necesidad de realizar cita previa. Otro año más, los compromisos adquiridos han caído en saco roto. Desde el principio denunciamos la inconcreción y la inconsistencia de los criterios de uso de Hondalea presentados al inaugurar la obra, y desgraciadamente, el tiempo nos ha dado la razón. Se los han saltado todos.

Cabe recordar que, en 2023, a raíz de la apertura de Hondalea y la explotación turística de la isla, Ecologistas en Acción otorgó a la bahía de la Concha la bandera negra por la mala gestión en materia de conservación de biodiversidad.

Hace ya décadas que un cambio de paradigma llegó a la mentalidad de la mayoría de la gente donde el respeto, el conocimiento y la conservación de la Naturaleza son los pilares de cómo queremos y necesitamos vivir. Las y los donostiarras coinciden con ese cambio de paradigma que demanda también otro modelo de ciudad, una ciudad que mire por el bienestar de sus vecinos y vecinas y que deje de destruir su patrimonio para lucrar los bolsillos de la industria turística.

Por todo ello solicitamos:

  • Que se cumplan los criterios sobre calendario, aforo, horarios y limites a ampliaciones de nuevos servicios e infraestructuras en la isla a los que se comprometió el gobierno municipal y la empresa promotora de Hondalea, y que dichos criterios queden recogidos en un plan de gestión u ordenanza de obligado cumplimiento.
  • Que se proteja y restaure la Naturaleza en la isla, anteponiendo la preservación del hábitat natural de las colonias de aves marinas a la explotación turística de la isla.
  • Que se suspendan las visitas guiadas a la isla en periodo de nidificación de las aves marinas.

Firmantes:

Parkea Bizirik Kukulunbera, Bizilagunekin Plataforma, Haritzalde Naturzaleen Elkartea,  Eguzki y Ekologistak Martxan

El Ayuntamiento ha decidido mantener abierta la puerta a nuevos hoteles y hostales en Donostia

La Junta de Gobierno del Ayuntamiento de Donostia ha aprobado inicialmente la modificación del Plan General de Ordenación Urbana relativa a los usos hoteleros y llevará su aprobación definitiva al próximo Pleno Municipal. La moratoria sobre la implantación de alojamientos y establecimientos turísticos (hoteles, pensiones, apartamentos turísticos, albergues, viviendas de uso turístico, habitaciones de viviendas de uso turístico, etc.) que ha estado vigente durante un año se prolongará otros dos años. Esta moratoria, contra lo que se ha pretendido vender, está plagada de excepciones y es insuficiente. Se trata de una decisión inutil de cara a revertir los daños causados, teniendo en cuenta el impulso que se ha dado a la turistificación de la ciudad estos últimos años.

Tras la modificación introducida en el Plan General, se pueden abrir nuevos alojamientos y establecimientos turísticos en áreas no calificadas como residenciales en Aiete / Miramon, Altza, Amara Berri, Añorga, Bidebieta, Egia, Igeldo, Intxaurrondo, Loiola, Martutene, Morlans, Riberas de Loiola, Txomin-Enea y Zubieta. Y han dejado resquicios legales para autorizar licencias también en zonas residenciales.

Además, los edificios catalogados como patrimonio arquitectónico podrán convertirse en alojamientos si así lo decide el Ayuntamiento.

Por si fuera poco, el Ayuntamiento autorizará en las condiciones habituales la apertura de campings, agroturismos y casas rurales en suelo no urbanizable.

Desde la plataforma Bizilagunekin vemos urgente e importante poner en marcha la transición hacia el decrecimiento turístico en Donostia. Es imprescindible cambiar el modelo de ciudad, adoptando medidas eficaces que nos lleven a condiciones habitables para las y los donostiarras.

  • Se debe erradicar cualquier posibilidad de apertura de nuevos hoteles y pensiones en la ciudad. Tratar el problema de la turistificación como si fuera limitado a zonas concretas de la ciudad es agravar el problema. Hay que poner en marcha un proceso planificado de reducción de plazas de alojamiento ofertadas en la ciudad.
  • Presentar el uso turístico de los edificios catalogados como medida de conservación del patrimonio arquitectónico es contradictorio, entre otras cosas, ante la constatación de los daños causados al patrimonio con premeditación en los últimos años en la construcción del Hotel Nobu y del Hotel Catalonia.
  • Hay que dar pasos para acabar con las viviendas de uso turístico en la ciudad donde vivimos una emergencia habitacional. Debe establecerse una licencia decreciente y caducable como medida de transición para pasar a ser una ciudad sin pisos turísticos lo antes posible.
  • Hay que acabar con las políticas basadas en medidas sueltas, parciales y estéticas. Los últimos estudios demuestran la masiva preocupación, frustración y desconfianza hacia las instituciones que impera entre las y los donostiarras. Hay que dejar de ocultar la magnitud y extensión del problema y propiciar un amplio diálogo a escala municipal para avanzar hacia un modelo de ciudad habitable.
  • Mientras se retrasan las medidas hacia el decrecimiento turístico, la turistificación sigue generando daños irreversibles en Donostia. Responderemos al poder y a la presión de quienes se están enriqueciendo con esta situación con la organización y unidad de las y los donostiarras.